quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lazer em todos os Tempos

Lazer no Brasil

As atividades de lazer são aquelas realizadas com o objetivo do descanso ou do entretenimento durante os períodos de tempo livre das obrigações profissionais e/ou pessoais. O Brasil, conhecido como um país de múltiplas belezas e muitas festas, costuma atrair aqueles que desejam passar horas ou dias agradáveis na companhia de uma sociedade que sabe como e onde se divertir. Porém, não são apenas os visitantes que se beneficiam com toda essa alegria brasileira. Essa característica é derivada da cultura da própria população local que tem à sua disposição milhares de alternativas para seu entretenimento e aproveita todas elas, mesmo quando o tempo disponível é curto.

Aos finais de semana, feriados ou em cidades litorâneas, as praias tornam-se pontos de encontros entre famílias e amigos, para relaxar, praticar um esporte ou curtir um bate-papo nos bares à beira-mar. Aliás, barezinhos não faltam por todo Brasil. Somente na cidade de Belo Horizonte (MG) são mais de 10.000 locais com música, comida e o indispensável chope de final de tarde. Para as famílias existem ainda a possibilidade de passar um ou mais dias nos diversos parques temáticos espalhados pelo país. Na cidade de Penha (SC), o Beto Carrero World é considerado a “Disneylândia brasileira” com suas atrações e infraestrutura. Já no estado do Ceará, as altas temperaturas garantem o movimento diário do aquático Beach Park e, em São Paulo, crianças e adolescentes buscam adrenalina nos radicais brinquedos do Hopi Hari e Playcenter.
Reunindo compras, refeições e entretenimento, o Brasil possui mais de 390 shopping centers que hoje, além das lojas e restaurantes, oferecem também pistas de boliche, cinemas, parques infantis e barezinhos. Desse total, 131 encontram-se no estado de São Paulo que, em conjunto com Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, reúne 74% do total de shoppings brasileiros. Nas regiões sul e sudeste encontram-se ainda os principais e mais modernos estádios de futebol, que estão preparando-se para receber a Copa do Mundo de 2014 e são abertos à visitação para os fãs do esporte. Nesse aspecto, destaque para o maior e mais famoso, o Maracanã (Rio de Janeiro/RJ) e o moderno Kyocera Arena (Curitiba/PR).
Todas essas são apenas algumas das opções que o brasileiro e visitantes estrangeiros encontram para aproveitar suas horas vagas e escapar do estresse cotidiano.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lazer em todos os Tempos

Lazer como fator de desenvolvimento regional:


Lazer como fator de desenvolvimento regional:
condicionantes e possibilidades no atual contexto amapaense


Licenciado em Educação Física. Mestre em Ciências
e Jogos Esportivos-UMCC/Cuba.
Professor da Universidade Federal do Amapá-UNIFAP.
Álvaro Adolfo Duarte Alberto
alvarod@ig.com.br
(Brasil)


Resumo
Este texto traz algumas reflexões e inquietações, as quais, embora de forma muito sintetizada, motivam-me a permanecer interessado cada vez mais pelo tema. As discussões apresentadas destacam o modelo de desenvolvimento para o Estado do Amapá que sempre priorizou o interesse do mercado e da acumulação de capital. Atualmente uns defendem o desenvolvimento local através do "agronegócio", e outros, propõem o "desenvolvimento sustentável". E por último apresentamos alguns pontos para reflexões quanto ao fatores determinante para a universalização do acesso aos serviços de lazer à toda a população amapaense.
Unitermos: Lazer. Desenvolvimento regional. Amapá.

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 104 - Enero de 2007


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Introdução

Começando a navegar pelo rio


Este texto traz algumas reflexões e inquietações, as quais, embora de forma muito sintetizada, motivam-me a permanecer interessado cada vez mais pelo tema. As discussões apresentadas são frutos de leituras, participações em palestras, congressos, cursos, tanto quanto minhas origens de caboclo amazônida nascido no arquipélago do Marajó-PA e que atravessou o Rio Amazonas para viver em Macapá-AP.

Destacamos os dilemas enfrentados pelo Estado do Amapá de inserir-se nas regras gerais do desenvolvimento da sociedade atual, que sempre priorizou o interesse do mercado e da acumulação de capital, concepção esta social e ambientalmente destrutiva para o povo da Amazônia.

Num outro momento mencionaremos que o Amapá, por seus recursos naturais, por sua localização geográfica, vem despertando a atenção de distintos grupos econômicos. Uns defendem o desenvolvimento local através do "agronegócio", e outros, que se dizem preocupados com as questões ambientais, propõem o "desenvolvimento sustentável". Dentre os que defendem o "desenvolvimento sustentável", citamos o ecoturismo ou turismo natureza que conceitualizam o desenvolvimento como processo "ecologicamente viável e socialmente justo", mas que acabam vinculando o lazer na natureza, o entretenimento, a felicidade aos valores de mercadoria e consumo.

E por último apresentaremos alguns pontos na definição de prioridades no ecoturismo e o gerenciamento dos atrativos bem como os fatores determinantes para a universalização do acesso aos serviços de lazer de toda a população amapaense.


Desenvolvimento, pra quem?


O Estado do Amapá possui uma superfície territorial de 140.276 km2, que corresponde a 1,6 % do território brasileiro e a 3,6% da Região Norte. Faz fronteira com o Estado do Pará, Suriname e Guiana Francesa. Sua capital é Macapá que está na parte Sul do Estado, banhada pelo Oceano Atlântico e pelo Rio Amazonas.

Sua história iniciou-se em 1637, com a doação das terras dessa região a um português chamado de Bento Manuel Parente. No século XVII a região foi invadida pelos ingleses e holandeses, logo expulsos pelos portugueses. No século XVIII, os franceses reivindicarão a possessão da área. Em 1713, o Tratado de Utrecht estabeleceu as fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa, mas os franceses não honraram esta decisão. Em 01 de janeiro de 1900, a Comissão de Arbitragem, em Genebra, deu possessão da região ao Brasil e o território foi incorporado ao Estado do Pará, sob o nome de Amapá.

Em 1943, essa região passou a condição de Território Federal, para atender dois objetivos do então Governo Getúlio Vargas. O primeiro de natureza estratégica e geopolítica, visava garantir a soberania brasileira sobre uma área de fronteira. O segundo correspondia à intenção de fomentar um foco de desenvolvimento regional com vistas para a criação de um futuro Estado. O Amapá tornou-se Estado através da constituição de 05 de outubro de 1988.

Atualmente o Amapá enfrenta também os dilemas colocados pela necessidade de inserir-se nas regras gerais do desenvolvimento da sociedade contemporânea. Nesse jogo de relações culturais, econômicas e políticas podemos destacar duas formas bem distintas de ver o mundo: uma que vê o desenvolvimento para uma nação, região ou lugar o interesse do mercado e da acumulação de capital, e outra, que vê a defesa da vida.

O modelo de desenvolvimento imposto à Amazônia, sempre priorizou os interesses do mercado. Este modelo tradicional baseado numa concepção neoliberal, tem sido social e ambientalmente destrutivo, defende a concentração de recursos em áreas básicas que possibilitem impulsos apenas ao crescimento econômico. Isto deixa claro a concepção dos organismos gestores e até mesmo de profissionais da própria área social na efetivação de ações em setores que interessa apenas a uma pequena minoria da população, pregando o desenvolvimento com a valorização setorial economicista, como nos relata Bonalume (2002 pg. 190):

"O projeto neoliberal relegou o social a um plano secundário e residual, introduzindo mecanismos privatizações na condução da política social, eliminando direitos e quebrando o principio da universalização dos mesmos e mantendo índices inaceitáveis de pobreza e desigualdade da distribuição da renda e da riqueza."

O avanço técnico-científico, ditado pelo projeto neoliberal, impõe um novo ritmo de desenvolvimento local, considera as cidades como reféns de grandes grupos econômicos que tendem a impor as regras e até mesmo o modelo de vida do planeta, substituindo o conceito de estado e cidadão por sociedade de mercado e consumidores.

Neste processo acelerado de globalização da economia, caracterizado pelo consumo de bens e serviços, o Amapá, por seus recursos naturais, por sua localização geográfica e divisões fisiográficas (relevos, florestas, várzeas e cerrado), vem chamando a atenção de distintos grupos econômicos. Uns defendem a geração de emprego e renda para a população através do chamado "agronegócio", e outros, que se dizem preocupados com as questões ambientais, propõem um outro modelo de desenvolvimento econômico baseados na exploração racional dos recursos naturais, difundindo a idéia de "desenvolvimento sustentável".

Os que defendem o "agronegócio", modelo este importado de outros estados brasileiros, passam a ilusão de que o desenvolvimento vem de fora. Esta importação trazem muitos equívocos que vão desde o crescimento das cidades, caracterizado pela aceleração e o imediatismo, agravado pelo êxodo rural e pelas migrações de outras cidades, até a formação de uma imensa reserva de mão-de-obra não qualificada, subempregada que passam a viver em locais totalmente impróprios. Além desses problemas sociais, Fagnani apud Pimental ( 2002. p. 91), nos mostra o que aconteceu em outras regiões brasileiras que adotaram este modelo de desenvolvimento em relação as questões ambientais:

"Nos anos de modernização agrária brasileira, aumentou o consumo de agrotóxicos, insumos químicos, tratores e arados. No inicio, isso representou um aumento expressivo na produção de alimentos. Porém, a aração profunda da terra, adequada para solos temperados, acabou por dizimar a fertilidade da terra. Os insetos tornaram-se resistentes aos pesticidas e, entre 1958 e 1976, surgiram cerca de 400 novas espécies de pragas nas culturas brasileiras."

Em contraposição ao "agronegócio", surge os que apontam um desenvolvimento econômico baseado na sustentabilidade. Dentre estes, podemos citar o turismo como uma das atividades econômicas visivelmente influenciadas pela tentativa de elaboração de novos parâmetros que conceitualizam o desenvolvimento como processo "ecologicamente viável e socialmente justo".

Estudos mostram um crescimento vertiginoso, colocando a indústria do turismo como a de maior crescimento na atualidade. Nesse contexto surge no Brasil e, principalmente na Amazônia, pela exuberância de seus cenários naturais, as atividades de lazer relacionadas ao ecoturismo ou turismo na natureza (caminhadas em trilhas na floresta, pesca esportiva, escaladas, acampamentos, dentre outras). Este é um seguimento promissor de uma das indústrias mais dinâmicas da economia mundial, mas que vincula o lazer, o entretenimento, a felicidade aos valores de mercadoria e consumo.

Estas formas de intervenção na economia defendem a idéia de que a melhor forma de vida para as pessoas é aquela baseada no consumo, seja de mercadorias ou de entretenimento. Assim o lazer e torna-se mercadoria e o tempo livre torna-se tempo para consumir mercadorias.

Segundo Bruhns (1999, p. 728-729), essa prática de lazer na natureza, evidencia também que as práticas culturais passam a ser mediadas através do consumo:

No "turismo tipo aventura desportista de grupo" uma serie de componentes... atrelados direta ou indiretamente, às rápidas mudanças ocorridas nos últimos trinta anos relacionados à sociedade de consumo, implicando não somente no consumo como "mero reflexo da produção" , mas como fundamental para a reprodução social, bem como à cultura do consumo, esta não assinalando somente a produção e a relevância cada vez mais maiores dos bens culturais enquanto mercadoria. "

Frente a esta situação o lazer e o consumo encontram-se entrelaçados na teia do mercado capitalista, mas o problema é que as mercadorias, os serviços não estão accessíveis a todos, assim como o lazer também não está.

Nesse mercado de consumo, os detentores do capital podem consumir momentos de contemplação, metros quadrados de natureza, comprar equipamentos e roupas para as atividades de lazer em contato com a natureza. Diante desta possibilidade de desenvolvimento econômico e social local, podemos então nos perguntar: o ecoturismo poderia ser um dos novos mecanismos de desenvolvimento, gerando empregos malpagos para uns e mais lazer, prazer e entretenimento para outros? Que implicações sociais, políticas e culturais, a dita "indústria sem chaminé" seriam decorrentes da exploração do potencial de lazer nos últimos redutos intocados da natureza? A instalação de hotéis, pousadas, abertura de vias de acesso a determinados locais, além da destruição do ambiente natural, também não acabaria por expulsar a população tradicional, eliminando características e hábitos antigos dessas pessoas?

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lazer em todos os Tempos

Lazer E Turismo !


turismo
Neste artigo procurou-se delinear as imagens do Brasil mediadas por guias de viagens publicados no exterior, na tentativa de comparar a imagem atual do país ,divulgada nesse tipo de mídia, com antigos relatos de viajantes estrangeiros que aqui estiveram entre os séculos XVI e XIX , e desta forma verificar se a imagem consolidada do país por esses relatos ( conforme pode-se verificar em artigos anteriores)2 ainda permanece no discurso midiático atual.

Atualmente, existe uma gama considerável de guias de viagem voltados para o mercado turístico. Segundo a revista Veja, só no mercado editorial brasileiro circulam cerca de 500 guias importados3, cada um deles com características próprias que vão ao encontro das necessidades de seu público consumidor, o que muitas vezes transforma-se em sinônimo de estilo de vida.

Os critérios para trabalhar com guias de viagem basearam-se em duas premissas: a primeira é o fato de os relatos e dos guias de viagem possuírem características em comum, ambos são escritos por estrangeiros que permaneceram por períodos consideráveis no Brasil e que têm ou tinham por objetivo apresentar quase todos os aspectos do país de forma neutra, isenta de julgamentos para outros possíveis viajantes.

Assim, uma análise do discurso dos guias de viagem se faz necessária e importante, pois eles captam, transformam e divulgam informações. De acordo com Bethania S.C. Mariani, quando um discurso objetiva a neutralidade "é preciso considerá-lo do ponto de vista imaginário de uma época: pois irá se comportar como uma prática social produtora de sentido, como também, direta ou indiretamente, veiculará as vozes constitutivas daquele imaginário."4

Com relação à segunda premissa, esta considera a popularidade de ambos -relatos e guias- em suas respectivas épocas, e conseqüentes divulgadores de estereótipos5 sobre o Brasil que resgatam, desse modo, o discurso fundador contido nos relatos dos viajantes.

Assim, ao observar a importância dos guias no atual mercado editorial decidiu-se por três: Fodor’s, Lonely Planet e Footprint Handbook , por acreditar que como guias formadores de opinião, eles exercem grande influência na imagem que o estrangeiro faz do Brasil. O recorte para análise privilegiou as seções que apresentam o Brasil e não as seções que descrevem os Estados separadamente, já que o objetivo é obter a imagem do país como um todo.

O guia Fodor’s é de origem norte-americana e possui mais de 700 colaboradores -para a elaboração das informações- ao redor do mundo, publicou mais de 14 séries e 440 guias de viagem, além de, em 1996, ter lançado um site com fóruns de discussão, dicas de viagem, histórico, publicações, etc. O guia é recomendado pela ASTA (American Society of Travel Agent ).

No que se refere ao Brasil, o Fodor’s está em sua primeira edição, lançada em 1999, e até o presente momento (2003) não possui uma versão mais atualizada. De acordo com a própria editora, "o guia sobre o Brasil só foi lançado recentemente, porque somente nos últimos anos está havendo uma campanha forte dos atrativos brasileiros no exterior."

No que diz a análise o Fodor’s encena um Brasil acomodado, que se interessa apenas por assuntos amenos e pouco interesse dá às questões políticas, sociais e/ou ambientais, o que é facilmente constatado no trecho abaixo:


“O jogo contra a França para a decisão da Copa do Mundo de 1998 ia começar quando o super star do futebol Ronaldo teve um ataque epiléptico e não pode jogar. Os brasileiros reagiram como se um terremoto tivesse acontecido. (...) Uma catástrofe nacional, o incidente monopolizou a atenção pública e privada no Brasil por vários meses”



Ora, o jogo de futebol é em todo o mundo uma amenidade, apesar de seu valor profissional e das altas negociações que o envolvem, exceto para os próprios jogadores que fazem desse esporte uma profissão, para todo o resto é considerado uma opção de lazer. As pessoas vão assistir aos jogos para se distrair, precisamente. Portanto, ao enfatizar que “os brasileiros reagiram como se um terremoto tivesse acontecido”, o guia apresenta o brasileiro como um povo que dá muita importância a assuntos considerados não importantes, afinal as conseqüências de um terremoto são traumáticas.O fato ganha mais peso quando o guia diz que o acontecimento “monopolizou a atenção pública e privada por vários meses”, por que, afinal, algo só monopoliza a atenção de todo um povo quando de fato é muito grave e importante, como está acontecendo atualmente com a invasão do Iraque pelos Estados Unidos.

A sugestão de que o brasileiro valoriza demasiadamente as festas, deixando em segundo plano o trabalho, é explícita no seguinte trecho:


“O Carnaval é a maior festa do ano. Em alguns lugares, os eventos começam logo após o Ano Novo e continua além dos quatro dias principais com pequenos festins e festividades. No auge do Carnaval o comércio fecha em todo país, como é costume dos brasileiros (...) e vão para as ruas dançando e cantando.”



O comércio é fechado e segundo o trecho acima, isso é algo tão forte no país que já se tornou um costume. Ora, costume do ponto de vista social é algo que se impõe aos indivíduos de uma sociedade e passa a ser transmitido através das gerações. E quando se fala em transmissão de geração para geração, vislumbra-se algo contínuo no futuro, ou melhor, atitudes que, com o passar das décadas e em alguns casos dos séculos, sempre vão existir. Desta forma, pode-se entender que deixar de trabalhar (fechar o comércio em todo país) e preferir dançar e cantar no carnaval é algo que não vai mudar no Brasil. Além disso, de acordo com o guia, a festa continua muito além dos quatro dias principais.

Assim, verifica-se um retorno às mesmas características, com relação ao povo, apresentadas nos relatos dos viajantes do passado, quando estes fazem referência ao ócio dos habitantes da terra (os indígenas). A questão da preguiça, o reverso negativo do ócio, sempre citada em relatos de épocas anteriores, também aparece no discurso do Fodor’s: “O ritmo de vida devagar na maior parte do país reflete uma apreciação pela família e pelas amizades (...) sabendo disso você irá entender por que as coisas demoram um pouco para serem feitas.” Assim, vislumbra-se um povo que passa a maior parte do tempo conversando mais do que trabalhando e, em conseqüência disso, o ritmo de vida é lento. Entretanto, essa preguiça é considerada com certa tolerância e parece mais um “dolce far niente”6

As praias aparecem como um espaço de socialização cultural já que: “Desde crianças até mulheres em minúsculos biquínis – chamados tangas - e as sungas dos cidadãos de idade, a cultura da praia seduz a todos.” Ou seja, ficar na praia seminu é uma questão de cultura no Brasil, o que por sua vez seduz a todos. Neste a todos, pode-se ler “seduz aos estrangeiros”, já que se isso é uma cultura nacional não tem como seduzir ao povo que já está acostumado, e sim seduz aquele que vem de fora e se deixa levar.

Entretanto, de alguma forma, a parte selvagem e antropófaga desse povo aparece quando os turistas sofrem algum tipo de violência; mais uma vez o estrangeiro é atacado:


"A maioria dos turistas relata que os crimes ocorrem em áreas públicas cheias: praias, calçadas ou praças, estações de ônibus (e nos ônibus também). Nestas áreas, os trombadinhas, geralmente jovens crianças, trabalham em grupo. Um ou mais irão tentar distrai-lo enquanto os outros pegam sua carteira, mala ou câmera (...) e embora eles pareçam jovens podem ser perigosos.”



Apesar de afirmar que as crianças podem ser perigosas, essa periculosidade é automaticamente amenizada pelo próprio termo “crianças”, que, simbolicamente, sempre se refere a algo puro e inocente e tão inocente que para assaltá-lo irão tentar “distrai-lo enquanto os outros pegam sua carteira, mala ou câmera” , ou seja, como se fosse uma típica brincadeira de crianças. Em nenhum momento houve referência ao uso de armas que essas “crianças” costumam usar em suas investidas.

O Fodor’s apresenta ao seu leitor, assim, subitamente o reverso do paraíso e os contrastes nele existentes:


"O Brasil é uma terra fabulosamente rica, mas cheia de desigualdades. Você estará sujeito a ver tanto hotéis cinco estrelas e resorts quanto favelas.”



Também os frutos e pratos exóticos são oportunidade para se voltar ao mesmo tipo de discurso, com ênfase na abundância tropical:


“Um leque natural – do maracujá e do mamão até os gigantes peixes dos rios e caranguejos do litoral – que tem inspirado chefs de todo o mundo.”



E, segundo o guia, toda essa abundância tem razão de ser, afinal:


“Comer é uma paixão nacional, e as porções são generosas. Em muitos restaurantes, os pratos são preparados para duas pessoas. (...) Você irá achar pratos exóticos de peixes na Amazônia, pratos africanos condimentados na Bahia e tutu de feijão nas pequenas cidades de Minas Gerais.”



Esse trecho não deixa de fazer alusão aos rituais antropofágicos do passado, nos quais os nativos se deliciavam ao comer os seus inimigos (no caso dos tupinambás). Acrescente-se a isso o fato de o ato de comer estar relacionado à sexualidade, segundo Mary del Priore7. O que é retomado no guia quando diz que “comer é uma paixão.”

À guisa de conclusão pode-se verificar que o Fodor’s apresenta um Brasil exótico sim, no que diz respeito à natureza, mas não extravagante. Ou seja, um paraíso tradicional, calmo, que não apresenta muitos perigos, pois a natureza não é tão agressiva. E apesar de ressaltar também a generosidade dos alimentos, tão natural em um paraíso, o aspecto mais evidente da apresentação do Brasil no guia é o povo brasileiro. Ou seja, o Fodor’s prioriza a imagem do povo, seja relacionando os aspectos físicos do país com os do povo ou descrevendo suas reações mediante um jogo de futebol, o fato é que o brasileiro é a personagem principal da apresentação do país.

Já a próxima análise foi realizada no “Footprint Handbook”, guia que surgiu em 1921, de origem britânica. A partir de 1990, o Footprint passou a publicar seus guias em séries. Atualmente, encontra-se em mais de 120 países do mundo, mas sua sede continua sendo em Bath, Inglaterra, onde os guias são concebidos e finalizados.

Com relação ao Brasil, somente em 1998, ao perceber uma maior procura por parte do público, a Footprint decidiu lançar um guia que falasse apenas sobre o país (antes o Brasil fazia parte dos guias que falavam sobre a América do Sul no geral). Em 2000, foi lançada a segunda edição do Footprint Brasil Handbbok, sendo que a próxima não tem previsão para ser lançada.

Ao analisarmos o discurso do Footprint pode-se verificar, como no caso do Fodor’s, que novamente o brasileiro é aqui apresentado como um indolente, só que, desta vez, de forma muito mais explícita:


"Para os brasileiros trabalhar, embora obviamente necessário, está muito mais em segundo plano do que aproveitar seu tempo livre assistindo uma partida de futebol, batendo papo com os amigos em um bar da vizinhança, ou improvisando uma sessão de samba que pode ocorrer em qualquer hora e em qualquer lugar.”



De fato, a informação de que “uma sessão de samba que pode ocorrer em qualquer hora e em qualquer lugar”, conota que o brasileiro é capaz de largar tudo por um momento de lazer.

No Footprint a tendência do povo para as festas e o lazer, juntamente com a indolência, está extremamente relacionada à sexualidade com aspecto lascivo, como se vê abaixo:

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lazer em todos os Tempos



Lazer Em Qualquer Lugar



Para se entender o atual significado e crescente importância do lazer na sociedade contemporânea, é preciso situá-lo num determinado contexto que oferece, simultaneamente, o quadro de referência histórica e pistas para sua conceituação. Tal contexto é o dos primeiros tempos da Revolução Industrial, quando a disciplina, o ritmo e intensidade do trabalho só conheciam um limite: o da exaustão física e psíquica daqueles contingentes de trabalhadores arrancados de seu tradicional modo de vida, no qual a interrupção do trabalho - seja agrícola, artesanal, de coleta - era ditada pelos ciclos da natureza e legitimada por um calendário religioso que marcava o tempo através das festas e rituais. O nascente capitalismo, porém, inaugura uma nova ordem socio-econômica onde a produção já não era determinada pelas necessidades de consumo do grupo doméstico, mas tinha como eixo o mercado, que aliás fornecia um dos fatores envolvidos no processo produtivo: a força de trabalho. O problema da conservação desta última dizia respeito unicamente a seu vendedor que, de posse da remuneração, devia arcar com os custos - alimentação, alojamento, saúde, descanso.
Melhores e mais humanas condições de vida e trabalho foram, pois, desde os inícios do sistema capitalista, conquistas da classe trabalhadora. O que não deixa de constituir um paradoxo: o tempo livre, necessário e funcional desde a lógica do capital - como fator indispensável para a manutenção e reprodução da força de trabalho - é resultado da luta do movimento operário pela diminuição da jornada de trabalho, descanso semanal remunerado, férias, etc.

Para muitas tendências do movimento operário organizado, o tempo livre era de suma importância pois representava não apenas a necessária reposição da energia gasta, mas ocasião de desenvolvimento de uma cultura própria e independente dos valores burgueses. Representações teatrais, competições desportivas, sessões de canto e música, leituras, passeios, além de debates e cursos de formação - tais eram as formas através das quais os militantes preenchiam seu tempo livre.

A questão do lazer, portanto, surge dentro do universo do trabalho e em oposição a ele: a dicotomia é, na verdade, entre tempo de trabalho versus tempo livre ou liberado, e por lazer entende-se geralmente o conjunto de ocupações que o preenchem.

Se este é o quadro de referência que permite entender, em suas origens, o papel do lazer, atualmente é possível verificar algumas mudanças na forma como é encarado. Em primeiro lugar, o lazer já não é pensado apenas em sua referência ao mundo do trabalho e, principalmente, não é visto como um apêndice a ele. Uma rápida enumeração das instituições, equipamentos, produtos e atividades em torno do lazer - academias, clubes, rede de hotéis, sistemas de excursões, vestuário, os cadernos de turismo dos grandes jornais - mostra que as formas de ocupar o tempo livre são consideradas per se e constituem rentável empreendimento.

Esta desvinculação entre lazer e o universo do trabalho tem a ver, nos países desenvolvidos, com o que um autor contemporâneo (LALIVE D'ÉPINAY, 1992) chama de mudança de ethos: a realização pessoal não passa mais necessariamente pelo trabalho - ao menos não pelo trabalho remunerado: "Para muitas pessoas, o trabalho continua sendo uma necessidade, mas não como uma forma de auto-realização (...) os direitos dos seres humanos não são apenas viver e trabalhar, mas viver e desenvolver-se, o que requer segurança não apenasmaterial mas emocional". (op. cit., p.439)

O autor, evidentemente, está falando de sociedades onde os problemas de base foram resolvidos em função da política do bem-estar e onde a população economicamente ativa entra cada vez mais tarde no mercado de trabalho e sai cada vez mais cedo. Neste caso, aumenta o tempo livre e o trabalho remunerado é apenas uma das formas de atividade - nem sempre gratificante - ao lado de outras, como o trabalho doméstico, assistencial, comunitário.

O que acontece, entretanto, em países como o Brasil, marcado por profundos contrastes e desigualdades? Poderia parecer fora de propósito discutir tempo livre e lazer quando contingentes expressivos da população, em estado de miséria absoluta, não têm acesso sequer ao trabalho, numa situação até mais perversa que aquela descrita quando dos primórdios da revolução industrial. Mas exatamente por se tratar de uma situação de contraste é que, além dos dois lados extremos do quadro, existe uma significativa região intermediária. Se, para alguns, as reflexões na linha de D'Épinay já fazem sentido, e para outros a questão do lazer é um luxo, existem muitos outros, também, para os quais a prática do lazer ainda é um direito a ser conquistado, consolidado.

Trata-se, com efeito, daquela parcela da população inserida no mercado de trabalho mas que, tendo legalmente assegurados seus direitos a férias, descanso semanal remunerado etc., nem sempre tem acesso às condições reais e objetivas que permitam o usufruto do lazer: São, em geral, moradores dos bairros de periferia, distantes, carentes de muitos serviços urbanos básicos e desprovidos de espaços, equipamentos e instalações adequadas ao exercício de seu lazer. E no entanto é amplo e variado o espectro de suas formas tradicionais de uso de tempo livre, nos finais de semana: circos, bailes, festas de batizado, aniversário e casamento, torneios de futebol de várzea, quermesses, rituais e comemorações religiosas (católicos e dos cultos afro-brasileiros), excursões de "farofeiros", passeios etc. (MAGNANI, 1998). Antes, porém, de analisar as condições objetivas de exercício dessas e outras modalidades de lazer característicos dessa população, no espaço urbano, cabem algumas observações sobre sua dinâmica.

São, evidentemente, modalidades simples e tradicionais que não têm o brilho e a sofisticação das últimas novidades da indústria do lazer, mas estão profundamente vinculadas ao modo de vida e tradições dessa população. E analisando mais de perto as regras que presidem o uso do tempo livre por intermédio dessas formas de lazer, verifica-se que sua dinâmica vai muito além da mera necessidade de reposição das forças dispendidas durante a jornada de trabalho: representa, antes, uma oportunidade de, através de antigas e novas formas de entretenimento e encontro, - estabelecer, revigorar e exercitar aquelas regras de reconhecimento e lealdade que garantem a rede básica de sociabilidade. O que não é de pouca importância para uma população cujo cotidiano não se caracteriza exatamente pelo gozo pleno dos direitos de cidadania.

Assim, tomando-se como ponto de partida o espaço onde tais atividades são realizadas, é possível distinguir um sistema de oposições cujos primeiros termos são "em casa" versus "fora de casa". Na primeira categoria, "em casa", estão aquelas formas de lazer associadas a ritos que celebram as mudanças significativas no ciclo vital e têm com o referência a família, ou seja, festas de batizado, aniversário, casamento etc.

O segundo termo da oposição, "fora de casa", subdivide-se, por sua vez, em "na vizinhança" e "fora da vizinhança". O primeiro engloba locais de encontro e lazer - os bares, lanchonetes, salões de baile, salões paroquiais e terreiros de candomblé ou umbanda, campos de futebol de várzea, o circo etc. - que se situam nos limites da vizinhança. Estão, portanto, sujeitos a uma determinada forma de controle, do tipo exercido por gente que se conhece, de alguma maneira - seja por morar perto, por utilizar os mesmos equipamentos como ponto de ônibus, telefone público, armazém, farmácia, centro de saúde - quando disponíveis.

Os moradores referem-se a esse espaço - que configura um território delimitado por marcos físicos, sobre o qual se estende uma rede de relações - com a denominação de "pedaço", local freqüentado por pessoas que se reconhecem enquanto membros de uma rede social com base territorial:

"O termo na realidade designa aquele espaço intermediário entre o privado (a casa) e o público, onde se desenvolve uma sociabilidade básica, mais ampla que a fundada nos laços familiares, porém mais densa, significativa e estável que as relações formais e individualizadas impostas pela sociedade".(MAGNANI, op. cit. p. 116)

É aí que se tece a trama do cotidiano: a vida do dia-a-dia, a prática da devoção, a troca de informações e pequenos serviços, os inevitáveis conflitos, a participação em atividades vicinais. E é o espaço privilegiado para a prática do lazer nos fins de semana nos bairros populares. Desta forma, o "pedaço" é ao mesmo tempo resultado (ainda que não exclusivo) de práticas de lazer, e condição para a sua prática.

Isto porque pertencer a essa rede implica o cumprimento de determinadas regras de lealdade que funcionam também como proteção, inclusive quando as pessoas aventuram-se para o desfrute de lazer "fora do pedaço", como acontece com disputas de futebol em outros bairros, excursões, idas a salões de baile ou a outros equipamentos de lazer situados em outros pontos da cidade.

Como se pode ver, o momento de desfrute do lazer não pode ser considerado apenas por seu lado instrumental, passivo e individualizado - reposição das energias gastas. Isto porque, como a análise da categoria "pedaço" mostra, existe um componente afirmativo referido ao estabelecimento de laços de sociabilidade, desde o núcleo familiar até o círculo mais amplo que envolve amigos e colegas (no âmbito do "pedaço") e desconhecidos (fora do "pedaço"). Daí a importância do diálogo entre o "pedaço" (no âmbito do bairro) e outros espaços da cidade que abre, através dos "trajetos", o particularismo da experiência local para outras vivências, em outros locais: é o "direito à cidade" (LEFEBVRE, 1969), o que significa acesso a espaços, equipamentos, instituições, serviços que transcendem os limites da vida cotidiana no bairro.

No entanto, seja "no pedaço" ou fora dele, constata-se uma progressiva diminuição dos espaços destinados ao exercicio do lazer da população de baixa renda. É o que acontece principalmente com modalidades tradicionais como circos, parques de diversão, futebol de várzea; a insuficiência de áreas verdes, praças e parques - ou dificuldade de acesso a eles, em virtude de sua localização - configura outra carência, assim como a inexistência ou precariedade de instalações para atividades comunitárias, sociais e culturais. Tal situação é resultado do caráter excludente do desenvolvimento urbano e a conseqüente desigualdade da distribuição dos equipamentos, privilegiando alguns setores em detrimento de uma grande maioria.

Tal diagnóstico - apenas indicativo - por si só aponta para a solução mais evidente: uma política cultural capaz de equipar as regiões mais carentes com a infraestrutura necessária e facilitar o acessso para usufruto da rede de lazer mais ampla. Se esta conclusão se impõe, cabe, entretanto, uma segunda constatação, aparentemente óbvia, mas não sem consequências: se há carências nessa área, com maior razão é preciso preservar o que existe e é utilizado, e impedir sua destruição.

Decisões relativas ao uso do espaço não podem ser tomadas em função de apenas uma lógica que supostamente decide o que é bom, conveniente e bonito para a cidade; há outros pontos de vista, decorrentes da existência de outros atores sociais com suas tradições, modos de vida, hábitos - igualmente legítimos. Aliás, é justamente essa diversidade que caracteriza a experiência urbana: "Nesse sentido, a diversidade urbana, além de ser uma propriedade das cidades, deve ser reconhecida como o princípio que as torna cidades" (DOS SANTOS, 1985, pg. 78).

Edificações de épocas e estilos diversos, espaços culturais tradicionais ao lado de centros voltados para o experimentalismo e a vanguarda, locais escolhidos e/ou compartilhados por pessoas de diferentes faixas etárias e outros exemplos mais de contrastes caracterizam a riqueza da experiêcia urbana, a que todos os moradores da cidade - os cidadãos, no sentido original do termo - têm direito.

Tal é o contexto das práticas urbanas, entre as quais a de lazer. Como se pôde apreciar, no caso deste último, se ainda o universo do trabalho faz-se presente, ao menos enquanto definidor dos limites do tempo livre - afinal, trata-se do lazer desfrutado no final de semana, entre uma e outra jornada de trabalho - já não é principalmente por referência aos valores desse universo que o lazer adquire seu pleno sentido.

Mesmo numa sociedade como a brasileira, marcada por profundos contrastes socio-econômicos, com uma imensa população carente, cada vez mais o lazer deixa de ser pensado como privilégio de poucos, ou como algo acessório, passando a ser encarado como direito de todos e parte constitutiva de modos culturalmente diferenciados de vida.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lazer em todos os Tempos


Ginásio, massagens e lazer


O Hotel Inglaterra leva à “letra” o conceito de bem-estar. Por esse motivo, e porque queremos que se sinta confortável até ao último pormenor, fizemos os seguintes preparativos:

- Possibilidade de efectuar o “check-out” a qualquer hora do dia (mediante disponibilidade);
- Tomar o “Pequeno-almoço” a qualquer hora do dia (caso não chegue a tempo do buffet diário);
- Massagens junto à piscina ou em gabinete (cuidados de beleza e estética);
- Tratamentos de Spa, conjugados com as Termas do Estoril;
- Os terraços, piscina e jardins do Hotel Inglaterra são locais aprazíveis para terminar a leitura do seu livro, assim como a sala de estar, onde pode escolher um livro da nossa biblioteca ou jogar uma partida de cartas, xadrez ou damas;
- Poderá também assistir num ecrã gigante aos grandes eventos desportivos ou ao seu filme preferido;
- Nas tardes frias de Inverno poderá ainda tomar a sua bebida favorita junto à lareira do bar do Inglaterra.

Os Quartos e Suites
Os quartos e as suites do Hotel Inglaterra são o exemplo daquilo que é o conforto, o bom gosto e a simplicidade.

O Ginásio e Massagens
Faça exercício e usufrua de bons momentos de descontracção e relaxamento.

A Sala de Estar
Converse, leia um livro da nossa biblioteca, jogue xadrez ou simplesmente descanse, numa sala inundada de luz natural e com acesso directo ao terraço.

O Terraço
Comum à Sala de Estar, ao Restaurante e ao Bar, o terraço tem especial destaque nas tardes solarengas da Costa do Estoril.

A Piscina, o Parque Infantil e a Tenda de Massagens SPA
Aproveite o excelente micro-clima do Estoril na nossa piscina e, enquanto isso, proporcione às suas crianças momentos divertidos no nosso parque infantil. No espaço da piscina, dispomos de uma tenda de bem-estar, com massagem e estética; mais um serviço a pensar em si.

Passeios e Visitas
Porque a sua estadia não se limita ao Hotel Inglaterra sugerimos-lhe:

- Um passeio junto ao mar, percurso composto por 20 estações equipadas, entre Cascais e São João do Estoril, e que visam proporcionar-lhe actividades divertidas projectadas para desenvolver força, flexibilidade e equilíbrio, ideais para todas as idades;
- Um jantar no Casino Estoril, um dos maiores e mais luxuosos casinos da Europa, com espectáculos durante toda a semana;
- Uma visita à Galeria dos CTT do Estoril - Memória dos Exílios;
- Uma visita guiada à romântica Vila de Sintra e à Serra de Sintra, declarada pela UNESCO como Património Mundial;
- Um circuito turístico pelos bairros mais característicos de Lisboa.


Quer escolha o Hotel Inglaterra do Estoril para férias ou trabalho, teremos sempre uma proposta de lazer e de bem-estar à sua medida.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lazer em todos os Tempos


O lazer e o lúdico na constituição do sujeito



O lazer é um fenômeno que pressupõe a busca pelo prazer e representa uma importante dimensão da vida humana juntamente com o trabalho.Mas nem sempre este tempo de lazer é vivido de forma gratificante e qualitativa.
Muitas vezes, o lazer incluídas se inclui nas variáveis compulsões subjetivas e produções da mídia.


Neste texto, entendemos o lazer como espaço e tempo de expressão, de realização, de produção de cultura e de construção subjetiva, aproximando-o do brincar das crianças.

O direito ao tempo regulamentado de lazer foi uma conquista de todos, no Brasil e no mundo. Refletida pela limitação da jornada de trabalho e pelos fins de semana, férias e feriados remunerados, o direito ao lazer foi garantido na declaração de direitos humanos e posto na constituição federal como condicionante de saúde. O lazer é um fenômeno que pressupõe a busca pelo prazer e representa uma importante dimensão da vida humana juntamente com o trabalho.3 No entanto, Werneck4 reconhece que nem sempre este tempo de lazer é vivido de forma gratificante e qualitativa. Neste sentido, Carvalho1 acredita que o lazer atual da sociedade está distante de se constituir numa possibilidade de liberação da
capacidade criadora e inventiva do homem. Muitas vezes, vemos as práticas de lazer incluídas na roda viva das compulsões subjetivas e das produções alienantes de certa parcela da mídia. Mas, apesar dessa tendência freqüente em nossa sociedade, o lazer pode ser um momento de produção de cultura através da vivência lúdica de diferentes conteúdos mobilizada pelo desejo e permeada pelos sentidos de liberdade, autonomia, criatividade e prazer, coletivamente construídos, influenciados e limitados por aspectos sociais, políticos, culturais e econômicos. E entendendo que o lazer é espaço e tempo de expressão, de realização, de usufruto e produção de cultura e não se restringe ao que é fabricado pela mídia e pelas várias formas de poder4 podemos inferir que a prática do lazer pode ser uma construção subjetiva.
Aproximamos a prática do lazer ao brincar das crianças. Ambas atividades passam pelo particular e pela invenção. Para a psicanálise o brincar em si é algo muito sério, como ensinou Freud que considerou o brincar como um fazer e que se trata de uma atividade fundamental na estruturação de todo sujeito, sua entrada para o simbólico, mundo da linguagem2.
Freud constatou a importância do brincar na observação de seu neto de pouco mais de um ano que jogava o carretel afastando-o e depois buscando–o para si, num jogo de aproximar e afastar. Esta brincadeira constitui o primeiro embate do sujeito humano com a perda de seu objeto de amor – mãe. Representa o instante crucial da estruturação inicial da criança enquanto sujeito e eu se da na dialética de presença e ausência do objeto, o carretel.
É pelo brincar e pelo lúdico que todo sujeito elabora as situações penosas e se inscreve, pela linguagem, no mundo da cultura, constituindo o limite entre realidade e fantasia. E é a prática do lazer, uma das atividades propícias de se presentificar a repetição desse brincar de todos nós.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lazer em todos os Tempos


Rua de Lazer comemora Semana da Criança no bairro Mãe Preta 15/10/2010 - 17h20 , sem atualização Comunicar Erro Enviar por EmailMais informações podem ser obtidas pelo telefone 3533-5422
Neste domingo o projeto Rua de Lazer vai realizar a partir das 10 horas atividades recreativas na Academia do bairro Mãe Preta (Rua 16 MP, esquina com a Avenida um). É uma comemoração relativa à Semana da Criança que deve reunir 250 crianças.

A Rua de Lazer é um projeto desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Esportes, com o objetivo de levar diversão e entretenimento para a comunidade de forma itinerante.

As crianças que comparecerem ao local poderão se divertir com as camas elásticas, mesa de desenhos, giz de cera, lápis de cor e guache. A Secretaria de Esportes ainda disponibiliza funcionários para acompanhar o divertimento dos pequenos.

Para solicitar a realização da Rua de Lazer as entidades e comunidade devem encaminhar um ofício à Secretaria Municipal de Esportes. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3533-5422.
Acontece nesse sábado (16/11), mais uma edição do projeto “Lazer é a gente que faz” realizado pela Prefeitura Municipal de Campo Grande por meio da Fundação Municipal de Esporte (Funesp). O projeto tem como objetivo de oferecer diversidades de lazer e serviços sociais às comunidades carentes da Capital.

Nesta edição, o evento será realizado em parceria com o 26° Quarteirão de Amigos, entidade filantrópica sem fins lucrativos, com o objetivo de comemorar o Dia das Crianças. Aproximadamente 500 crianças carentes de 5 a 10 anos devem participar do sábado cheio de brincadeiras que acontece na rua Paraisópolis, n° 26, bairro Santo Eugênio, das 8h às 15h.

As crianças poderão se divertir com o ônibus brinquedoteca, clube dos setinhas além de jogos de tabuleiro, cama elástica e gincanas recreativas. O projeto "Lazer é a gente que faz" é mais uma realização da Prefeitura de Campo Grande, através da Funesp, e nesta edição conta com o apoio do 26° Quarteirão de Amigos, Governo do Estado, Fundesporte-FIE, SAS e Agetran.