quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Lazer em todos os Tempos

Gastar dinheiro com lazer traz mais alegria, diz pesquisa

Psicólogos confirmaram que experiências gratificantes, como viajar e festas, deixam as pessoas mais felizes.

São Paulo - Experiências valem mais do que bens materiais. Parece conversa de mãe, mas psicólogos da Universidade de Cornell, em Nova York, confirmaram que experiências gratificantes, como viajar e festas, deixam as pessoas mais felizes do que a compra de bens materiais, segundo reportagem publicada na revista Vila.

Tatiana Filomensky, psicóloga do Ambulatório de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP), também acha que experiências e compras são sentidas de maneiras diferentes. Apesar de ambas levarem à felicidade, a emoção vem em intensidades distintas.

Ela explica que experiências são mais complexas e mais ricas e, por isso, deixam mais lembranças. São essas memórias que fazem com que o bem-estar causado por uma viagem dure mais. Toda vez que você se lembrar daquela água de coco que tomou de frente para o mar ou então daquele croissant que você comeu em um charmoso café parisiense, parte da sensação que marcou o momento da experiência vai voltar para a sua cabeça.

A compra de bens materiais, por outro lado, gera uma felicidade vulnerável e com prazo de validade. Ela é inconstante porque é mais fácil de ser comparada. Por exemplo, você pode começar a ver tudo o que faz a sua nova camisa jeans menos bonita do que a camisa jeans da sua colega de trabalho.
Isso já é suficiente para acabar com toda aquela alegria que você sentiu ao assinar a nota do cartão de crédito e sair da loja com a sacola.

Mesmo que você não tenha uma colega de trabalho que fica mais bonita do que você, mesmo que vocês estejam usando praticamente a mesma roupa, sempre há a terrível possibilidade de você se arrepender da sua compra. O desgaste de pensar que deveria ter comprado a camisa de jeans escuro e manga curta ao invés da de tecido claro e mangas compridas pode destruir a sua paz!

Objetos também acabam perdendo a graça. “Você se acostuma com eles”, explica a psicóloga. Logo, a moda passa e a camisa jeans que você usou até a exaustão não vai mais ser tão indispensável quanto um mocassim.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Lazer em todos os Tempos

ESPORTE E LAZER


Esportes

Quase todos os tipos de esportes, tanto os tradicionais como os modernos, têm muitos adeptos no Japão de hoje. Os jornais e revistas sobre esportes são lidos com avidez. Multidões enchem os estádios nos principais eventos atléticos, e mais alguns milhões assistem pela tevê.

No campo dos esportes tradicionais, o sumô (a luta japonesa), o judô, o kendô (a esgrima japonesa) e o Kyudõ (o arco japonês) são especialmente populares. O rádio e a tevê reviveram em muito a popularidade do sumô. Não se pode determinar o início do estilo tradicional do sumô, mas a lenda diz que ele remonta a mais de dois mil anos atrás. Trata-se de um esporte muito cerimoniosos porém dramático, que hoje em dia é acompanhado de perto, por quase todos os japoneses. Todos os anos ocorrem em Tóquio e em outras grandes cidades seis torneio regulares de sumô, cada qual durando 15 dias. Os lutadores profissionais de sumô passam o resto do ano em turnê pelo país.

O judô, que se desenvolveu da antiga arte conhecida como Jiu-jitsu, é hoje um esporte popular não apenas no Japão mas também em muitos outros países. Ele foi incluído nas Olimpíadas desde os Jogos de Tóquio em 1964. Agora há campeonatos internacionais regulares em diferentes partes do mundo. No Japão, a Competição Anual do Judô de todo o Japão atrai um forte interesse de todo o país.

A popularidade do kendô diminui após a guerra, mas hoje em dia desfruta de um renascimento.

Quanto aos esportes modernos, o beisebol, que é jogado em todo o país, tanto a nível amador como profissional, desfruta da posição de esporte nacional. Durante a temporada de beisebol, que dura da primavera ao outono, os jogos são transmitidos pela tevê quase todos os dias. Os astros do beisebol podem tornar-se heróis nacionais.

O beisebol profissional foi fundado no Japão em 1936 com uma liga. O atual sistema de duas ligas - a Central e a do Pacífico, cada qual com seis times - foi adotado em 1950. Esse sistema de duas ligas, os jogos só de astros, o sistema de seleção e outros aspectos do beisebol japonês são semelhantes aos dos Estados Unidos. A temporada de beisebol profissional regular culmina em outubro com a Série do Japão, um torneio entre os campeões das duas ligas.

Duas vezes por anos, uma vez na primavera e outra no verão, os olhos da nação voltam-se para o Estádio Hansin Koshien em Nishinomiya, na prefeitura de Hyogo, onde têm lugar os torneios de beisebol entre ginásios. Esse torneios, que transbordam de entusiasmo jovial, são importantes eventos do calendário esportivo do Japão. Torcedores de todo o país convergem para o estádio a fim de animar o time de sua cidade natal, e os meios de comunicação cobrem os jogos em detalhes. Muitos astros profissionais nasceram no Koshien.

O golfe também se firmou como esporte popular no Japão. Estima-se que dez milhões de japoneses joguem golfe, e alguns dos 1.400 profissionais do país são grandes nomes no cenário internacional.

O futebol com o surgimento da Liga Profissional chamada J.League, está ficando muito popular, especialmente entre os jovens, incentivados com a presença em seu país de jogadores profissionais e famosos como Zico, Leonardo, Dunga entre outros. O Japão obteve sua primeira participação em uma Copa do Mundo em 1998 na França.

Outros esportes populares hoje no Japão incluem o tênis, o badminton*, a natação e o voleibol, que é muito popular entre as mulheres jovens e de meia-idade. O Japão também é local de uma série de maratonas internacionais, que atraem nomes famosos do mundo inteiro. No inverno, muitos proeminentes locais de prática do esqui no Japão ficam apinhados de fãs do esqui.

Os idosos japoneses também não precisam ficar de fora. O gateball é muito popular entre o número crescente no país de pessoas com 60 anos ou mais. Trata-se de um jogo que se assemelha ao croqué, que pode ser facilmente jogado em parques ou outros lugares abertos.

Muitos atletas japoneses participaram de eventos esportivos internacionais no exterior, inclusive nos Jogos Olímpicos, e inúmeras equipes e atletas individuais estrangeiros visitam o Japão todos os anos. O Japão participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos modernos na Quinta Olimpíada de Estocolmo, em 1912, e foi participante regular até os Jogos de Berlim em 1936. A guerra interrompeu sua participação até 1952, quanto o Japão participou dos Jogos de Helsinki.

Em 1964, o Japão foi a sede dos Jogos de Tóquio, as primeiras Olimpíadas a terem lugar na Ásia. Em 1972, Sapporo, a capital da ilha setentrional de Hokkaido, recebeu as Olimpíadas de Inverno. Em 1996 as olimpíadas de inverno no Japão foram realizadas em Nagano


Lazer

Os japoneses começaram a dedicar mais atenção ao lazer nos últimos anos, fazer as compras, cuidar do jardim, consertar a casa, passar o tempo com membros da família e amigos e outras atividades parecidas são os principais hábitos de lazer da maioria dos japoneses de hoje, junto com os esportes e as viagens. O número de japoneses que faz viagens ao exterior tem aumentado de maneira notável nos últimos anos, hoje em dia, as formas de lazer entre os japoneses está cada vez mais variada. O lazer vem assumido claramente um papel maior na vida e atitude dos japoneses.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Lazer em todos os Tempos




Resumo: Cha Boon Goon transporta consigo uma herança: a habilidade para jogar futebol, cedida pelo seu pai, que era um jogador profissional.
Quando a sua equipa de futebol amador o informa que vai ter de fechar portas, Cha Boon Goon decide desistir do futebol e envergar por um caminho mais seguro, com a ajuda da sua melhor amiga Yeon Yi.
Contudo, tal não se verifica já que Cha Boon Goon tem a sorte de se encontrar com uma bonita agente que está interessada nele e lhe quer dar uma nova chance. Depois de várias hesitações e com a ajuda da sua irmã, Byul Yi, uma criança doente que ele adora e pela qual quer ganhar muito dinheiro para a poder curar, ele aceita e assina contrato com Hae Bin, a agente. Vai então jogar para a FC Soul, uma equipa profissional coreana.
Nem tudo vai ser um mar de rosas. Cha Boon Goon vai ter de lidar com o facto de no início não ser mais do que um suplente na equipa e com o facto de o milionário Seung Wo, que não só era filho do patrão do pai de Boon Goon como também era agora namorado de Hae Bin, o odiar e fazer tudo para o prejudicar. Cha Boon Goon vai ter de ter muita força, sorte e coragem para lidar com tudo.
O papel de Cha Boon Goon é protagonizado por Yunho, líder da k-band DBSK.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lazer em todos os Tempos

O Lazer & Cultura é programa de benefícios que promove e incentiva o funcionário a envolver-se com a cultura, com o esporte e o lazer.

Nossa Missão é valorizar o ser humano através de ofertas especiais, atividades culturais, entretenimentos, práticas esportivas e socialização melhorando qualidade de vida de seus usuários.

A proposta é influenciar positivamente os usuários, incentivando-os a praticar atividades individuais e com a família. Motivar a utilização de academias, centros culturais, áreas de lazer, restaurantes e outros, que estimulem o crescimento intelectual, a melhoria da forma física ou que sejam simplesmente opções de lazer. E com isto, melhorar a cultura dos colaboradores e, consequentemente aumentar a produtividade nas empresas.

Nossa prioridade é o esporte, a cultura e a capacitação, inibindo consumismo de produtos, serviços e entretenimento que não sejam aqueles direcionados aos objetivos da saúde física e mental do funcionário e de sua família.

Se você já é usuário do Programa Lazer & Cultura, e ainda não possui o acesso ao Portal, entre em contato conosco pelo telefone ou e-mail que enviamos o seu login e senha para que você aproveite todas as vantagens de ser um usuário.

Se você ainda não é usuário e quer saber mais sobre o Programa, entre em contato conosco que teremos grande prazer em atendê-lo.

Muito mais Lazer e Cultura!

Equipe Lazer & Cultura

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Lazer em todos os Tempos


centros de lazer, desfrute tempo boom

Centros de Leitura de esportes estão lutando como encaixar mais pessoas se inscrever para participar do Conselho ginásios de propriedade.

Vereadores ficaram satisfeitos ao ouvir sobre o sucesso de Leitura Esporte e Lazer (RSL) no seu relatório anual sobre a cultura eo painel de controlo do esporte nesta quarta-feira da semana passada.

Gerente de RSL Steve McBride relatou uma série de conquistas para o município de cinco centros - Arthur Hill Piscina, Central Piscina, Highdown Sports Centre, Meadway Centro Desportivo e Palmer Park Stadium.

No exercício de 2008 / 9, os centros desportivos veio em £ 22,000 no orçamento, aumentaram sua renda em 23 por cento do que no ano anterior e reduziu seus custos em 16 por cento.

Durante o ano de 2.000 crianças por semana passou a esportes cursos, atendimento em geral, aumentaram seis por cento, a utilização de natação gratuito para menores de 16 anos subiu 27 por cento eo número de pessoas que assinam acima para a sociedade em débito, acrescido de um maciço 75 por cento, ou 2.300.

Sr. McBride localizaram a introdução e melhoria da saúde e fitness ginásios como uma das chaves para o crescimento no uso de centro.

Ele disse que um bar em Palmer Park, que tinha vindo a perder dinheiro foi convertido em um novo ginásio, que teve 45 mil visitas no ano passado.

No centro Meadway, uma área de jogo para crianças chamado O Pântano foi convertido em um centro de fitness e centro aumentou sua renda por 46 por cento. Ele acrescentou que o Centro precisava de uma extensão e foi também o planejamento para consultar sobre a possibilidade de uma parede de escalada indoor.

Sr. McBride disse que o investimento necessário para continuar - especialmente em melhorar as coisas como a mudança de instalações que não trazer o dinheiro diretamente, mas ajudaram a manter os centros de até um padrão esperado.

Vereador Swaine Warren expressou alguma preocupação que as instalações de conversão, como quadras de squash para ginásios pode ser privar de alguns usuários do centro.

Vereador Graeme Hoskin acordado o Conselho precisava tomar cuidado para fornecer uma gama de facilidades, mas disse: "Estou ansioso para ouvir um monte de idéias excelentes no futuro".

O conselho entregou a execução de Rivermead Leisure Centre para um não-para-empresa com fins lucrativos chamada Greenwich Leisure Limited e do Sul ex-Reading Leisure Centre em Whitley para a John Madejski Academy (JMA) em março de 2006.

Após a transferência, o município foi obrigado a aumentar o subsídio para o centro de Whitley AcademySport por £ 72.000 em julho, porque não estava atraindo bastante personalizado.

O conselho concordou em pagar o dinheiro, mas insistiu AcademySport realizado um exercício de marketing para atrair mais personalizado no local e pediu para atualizações regulares.

Chefe da JMA Catherine Shaw informou sobre o exercício do marketing para o painel dizendo que mais de 10.000 pessoas estavam usando o centro que no ano anterior.

sábado, 18 de setembro de 2010

Lazer em todos os tempos




Nas últimas décadas, a indústria do entretenimento - sinônimo de lazer para muitos - seduz o consumidor, sugerindo-lhe as sessões adequadas para sua satisfação. Vê-se então a idéia reducionista do lazer sendo alimentada e veiculada pelos meios de comunicação de massa sendo que mal interpretada, a idéia é vendida, na maioria dos casos, como atividade física/esportiva, artística/cultural, recreativa, ao ar livre e/ou em espaços intencionalmente construídos para tais fins, com um grande número de pessoas bonitas e felizes, e uma parafernália de produtos que referenciam, socialmente, a qualidade de tal lazer.

Capra (1985) comenta a ação sugestionadora dos meios de comunicação de massa, alertando que a finalidade exclusiva da mídia é o condicionamento do público ao consumo de toda espécie de bem e/ou serviço, dentre os quais destacamos o lazer. Ousando ir além, recorro aqui a Ianni (1999), ao entender que na era da globalização, a mídia representa a articulação entre várias instâncias hegemônicas, assumindo o papel de príncipe eletrônico. O príncipe é o arquétipo que possui a capacidade de construir hegemonias, simultaneamente, a organização, consolidação e desenvolvimento de soberanias. Tipo ideal criado por Maquiavel1 como figura política, pessoa, o príncipe assume em Gramsci a identidade do partido político como intelectual orgânico à classe trabalhadora enquanto que atualmente a mídia assume a identidade de príncipe eletrônico - expressando segundo Ianni (1999: 9) "[...] a visão de mundo prevalecente nos blocos de poder predominantes, em escala nacional, regional e mundial, habilmente articuladas".

Sob esta ótica, o papel assumido pela mídia amplia-se uma vez que pressupõe a articulação entre várias esferas e instâncias de poder político que exerce influência relevante na direção e organização da vida social. Em especial, a televisão, como meio privilegiado - por sua penetração e fascínio - do poder deste príncipe eletrônico assume dimensões psicossociais, sócio-culturais e político-econômicas atingindo atividades e imaginários individuais e coletivos, sendo um dos principais veículos de divulgação de posições alienantes sobre o lazer.

Em tal contexto se estabelece um conhecimento restrito dos conteúdos do lazer, de seus desdobramentos, dos valores que propicia e das atitudes que o envolve. Para ajudar na reflexão que envolve o lazer em uma preocupação maior, recorro aqui a Gutierrez (2001: 98). "A discussão sobre a falência do poder macrossociológico determinante da categoria trabalho, portanto, nos coloca diante da necessidade de encarar a questão do objeto lazer e procurar situá-la, o mais claramente possível, no contexto mais amplo da compreensão das relações sociais e políticas contemporâneas"

Há um escasso domínio e conhecimento sobre as possibilidades, a partir do lazer, de mudanças de atitudes e valores frente aos grandes problemas sociais como: preconceito, racismo, intolerância de ordem religiosa, sexual, cultural e política entre outros. Assim, apesar das crescentes discussões e sua enorme utilização, o conceito de lazer ainda permanece restrito aos níveis de entendimento que contém em seu gênero a visão conservadora que não questiona a lógica capitalista e neoliberal de pensar o mundo. Tal visão pode ser identificada na ótica funcionalista que perpassa o conceito de lazer e está presente, especificamente, nas abordagens: 1) Compensatória - que objetiva compensar o que o trabalho retira do indivíduo e do grupo principalmente através do lazer. 2) Utilitarista que procura recuperar a força de trabalho do sujeito a partir do lazer desconsiderando todas as outras variáveis que influem nesta recuperação. 3) Moralista, através do lazer, objetiva-se afastar as pessoas das drogas lícitas e ilícitas e dos pensamentos e práticas consideradas perniciosas, discurso bastante difundido pelos segmentos religiosos e; 4) Romântica cujo entendimento sobre o lazer resguarda um saudosismo inibidor de novas práticas a partir de uma postura conservadora e às vezes retrógrada.

Encaramos como necessidade essencial avançarmos no sentido de um entendimento mais amplo sobre o lazer que considere suas relações com o mundo do trabalho e da cultura e, principalmente, suas possibilidades de transformar qualitativamente a sociedade humana a partir da perspectiva da inclusão sócio-cultural também dos grupos marginalizados como é o caso dos deficientes. Em acordo com Bramante (1992), o significado do lazer deve ser debatido tanto no âmbito do senso comum como no da própria universidade para que todos possam compreender sua importância na vida do indivíduo e da coletividade na sociedade contemporânea, notadamente, nos países do terceiro mundo onde o lazer torna-se muito mais uma aspiração do que uma realidade.

A partir de uma visão materialista-dialética, o lazer, para as massas excluídas, apresenta-se unicamente como uma possibilidade e aspiração e não enquanto uma realidade histórica. Faz-se mister à reflexão e discussão sobre o lazer para que ocorra contraposição ao discurso hegemônico acerca da temática. Gutierrez (2201: 99) chama a atenção discorrendo sobre a dificuldade de situar o lazer, enquanto objeto, em algum espaço delimitado da academia. "De uma forma geral, existe uma tendência bastante visível da pesquisa em sociologia do lazer, seja recuperando o trabalho de autores como Norbert Elias, ou pela vertente da pesquisa de questões culturais, numa perspectiva da pós-modernidade ou não. [...] trata-se, neste momento, de um objeto pesquisado multidisciplinar e que ainda não foi monopolizado por nenhum dos campos acadêmicos constituídos tradicionalmente."

No intuito de apresentar uma definição escolhemos perspectivar o lazer enquanto tudo aquilo que se constitui em valor positivo, fim ou objetivo da ação humana2. Como qualquer ação humana que proporcione bem-estar, vivenciada no tempo disponibilizado para tal. Tanto seja uma ação prática quanto contemplativa e que, referente aos conteúdos que a envolve, venha abranger os propósitos que formam a globalidade do ser humano como os aspectos lúdicos, intelectuais, interativos, criativos, estético, físico-esportivos, artísticos, sócio-culturais, afetivos, político, econômicos e todos se inter-relacionando.

Sobre o tempo disponível reservado ao lazer, o conceito aqui utilizado é aquele momento/tempo diferente do tempo dedicado ao trabalho e que está disponibilizado para uma ação que se caracterize enquanto lazer. Consideramos, ainda, que o lazer é direito de qualquer cidadão - inclusive daquele que é considerado deficiente -, independente de classe social, crença, idade, raça, gênero, orientação sexual ou estilo de vida. Marcellino (1995) traz-nos duas grandes considerações em torno do lazer, importantes para a ampliação de seu conceito: a especificidade abstrata e a especificidade concreta que envolve o tema. A saber, o entendimento do lazer unicamente em sua especificidade abstrata define a não consideração do conjunto de condicionantes sociais, políticas, econômicas, culturais entre outras que tendo como alicerce a questão sócio-econômica, gera e estimula, mascaradamente, as desigualdades quanto à apropriação pelo capital do tempo disponível do trabalhador tanto em quantidade de tempo como também em qualidade.

Tal situação reforça as abordagens funcionalistas, já mencionadas neste texto, e mantém a ordem social vigente. Isto quer dizer que, existem as possibilidades do lazer enquanto opção de ação social, mas o contexto em que as opções se inserem não possibilita o acesso da grande massa populacional em função da forte desigualdade estampada na realidade social. Estamos falando neste artigo dos deficientes que não tem oportunidade de trabalho, dos trabalhadores/as expropriados, dos aposentados/as, dos milhões de desempregados e miseráveis excluídos da dinâmica social. Considerando a própria dialética da questão, compreendemos que na sua especificidade concreta, o lazer é componente da cultura historicamente construída, na qual a participação cultural e o exercício da cidadania são a base para a renovação da sociedade.

Portanto, o lazer se insere como reivindicação na esfera do direito, uma vez que, é resultado da sociedade urbana moderna sendo produto e agente de cultura. Esta visão ousada orgânica à classe excluída do poder, enquanto direito se expressa na oferta de programas e projetos mantidos pelos poderes públicos que têm como princípio básico à possibilidade de participação democrática. Tais ações concretas quando destinadas a grupos específicos: pessoas que são alijadas do processo de participação social como, por exemplo, as pessoas deficientes, os idosos, as crianças especialmente aquelas muito pobres que vivem em situação de risco, pessoas portadoras de doenças degenerativas como o HIV entre outros, são, fundamentalmente importantes enquanto ações políticas que estimulam o exercício da cidadania.

A partir da consolidação de políticas públicas de lazer coerentes e condizentes com a especificidade concreta de cada grupo, incrementa-se o exercício pleno da cidadania, através da participação ativa que buscando gerar novas possibilidades de ação, atua como um instrumento de educação, mobilização, organização, transformação e inclusão, operacionalizando o alcance multidimensional, por suas relações com o mundo do trabalho, da educação e da cultura.

No entanto, devemos refletir sobre três pontos importante ao considerarmos as questões que Marcellino (1995) denomina de especificidade concreta referente ao lazer: 1) As dificuldades e tabus sócio-culturais presentes na vida humana, que conturbam o acontecimento real do lazer, tanto dentro de uma mesma classe social quanto, principalmente, entre classes sociais diferentes. 2) A artificialização do lazer gerada pela indústria do entretenimento e meios de comunicação de massa; e 3) A dominação do tempo através da forma capitalista neoliberal de pensar o mundo e de se posicionar diante dele. Neste sentido, fazemos destaque ao tempo em que se pode expressar a ludicidade diferente do tempo cotidiano, como nas civilizações ditas primitivas.

Na sociedade moderna o tempo se institucionalizou em intervalos de almoço, após o expediente, feriado, final de semana, férias e licença. Ilustrando com a mitologia grega, o tempo de Dionísio - Deus grego dos ciclos vitais da alegria e do vinho, conhecido como Baco entre os romanos - entre em choque com o tempo de Prometeu, - Deus da civilização, do trabalho, da cultura e da repressão. Prometeu é o titã que dominou o fogo e o trouxe aos homens propiciando a civilização - e representa o princípio de desempenho, denominação que Marcuse3 (1968) dá ao princípio da realidade freudiana, quando extrapola de sua dimensão individual para a dimensão histórico social. Neste contexto é impossível dissociar tempo e trabalho quando se reflete sobre o lazer e suas possibilidades de emancipação


Dualidade entre tempo e trabalho

"Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas, tenho muito tempo: Temos todo tempo do mundo. Todos os dias antes de dormir lembro e esqueço como foi o dia: Sempre em frente, não temos tempo a perder." Apresento aqui o poeta e compositor Renato Russo (1986) na tentativa de traduzir a inquietação sobre o Tempo Perdido4.

Em uma perspectiva materialista histórico-dialética, o trabalho é a fonte de toda riqueza5, fonte também de prazer e de realização humanas. A categoria ontológica do marxismo permite entender que, ao realizar trabalho, o ser humano abandona a dependência para com a natureza e adentra na aventura do especificamente humano. Visto assim, o trabalho é produto do homem e ao mesmo tempo produtor do ser, da cultura e civilização humana. Trabalhar, então, tem o significado de garantir as condições objetivas e subjetivas para a manutenção e o desenvolvimento da existência do homem, o que só poderia trazer satisfação e prazer.

No sistema produtivo capitalista, entretanto, o trabalho, para uma grande fatia da população, deixa de possuir tais possibilidades e expectativas e se consolida, na verdade, como fonte de desprazer, causando tensão e sofrimento, não permitindo a criatividade e até mesmo o usufruto de seus resultados. Todos estes motivos consolidam um tipo de trabalho, chamado por Marx de trabalho alienado, haja vista, que se baseia na exploração do tempo de trabalho do trabalhador e divide sua existência em tempos distintos, porém, articulados à dimensão da produção necessária ao capital.

Ao institucionalizar o tempo de trabalho, também se institucionaliza o tempo de não trabalho, ou seja, aquele no qual o trabalhador estaria, hipoteticamente, disponível para realizar outras atividades diferentes daquelas em que ele trabalha. Desta forma, se destila um tipo de organização social na qual o trabalho é a principal referência de tempo usada pelo indivíduo na orientação de sua vida: tudo gira em torno do trabalho e dos intervalos de tempo entre o exercício do mesmo.

Ocorre que na sociedade do conhecimento, pressupõe-se que o trabalho é realizado pelas máquinas e o ser humano é libertado para outras possibilidades de ação e atuação. Pressupõe-se que há tempo suficiente para o lazer, para a ampliação do conhecimento, para a vida familiar, etc. No entanto, como se tem comprovado a duras penas, na chamada sociedade do conhecimento, o trabalho das máquinas significa quase sempre desemprego - e, portanto, falta de renda. Tal processo é irreversível, uma vez que, os investimentos sempre se orientam em busca de mais tecnologia, maior qualificação do trabalhador e não na ampliação de mais vagas e frentes de trabalho, o que coloca definitivamente grande parte da sociedade em um mundo de não trabalho.

O tempo de não trabalho pode acabar tornando-se um tempo de desconforto, uma vez, que por levar a um nada a fazer e uma conseqüente falta de renda retira do indivíduo o que ele acredita ser a determinante da sua condição humana. Não trabalhar retira dos sujeitos à possibilidade de exercerem a cidadania colocando-os à margem do contexto social. Os marginas, isto é, "[...] aqueles que foram mutilados físico ou socialmente (infelizes, bandidos, desvalidos) [...] trata-se daqueles que estão fora da esfera de poder, excluídos da vida econômica" Menezes (2000: 45) como retrata nosso maravilhoso poeta e compositor de todos os tempos Chico Buarque de Hollanda na canção O Que Será? 6

Destacamos as contradições encontradas com relação ao tempo, considerando a existência do tempo disponível em função de um tempo fixo obrigatório - tempo de trabalho - que recorta as demais ações do indivíduo. Observemos o Brasil, um país de crises, que traz em seu ranço a colonização exploratória, fato que se perpetua e ainda, se agrava com a adoção da política neoliberal, que coloca o País cada dia mais dependente do capital estrangeiro sendo que, nesta situação, uma grande parte da população desfruta de vida subumana, enquanto uma pequena parte monopoliza grandes riquezas. O acesso e usufruto do lazer por parte dos que se encontram nos níveis inferiores da pirâmide social se coloca como uma das problemáticas fundamentais fruto da sociedade moderna. Uma reflexão crítica sobre os significados, possibilidades e limites do lazer não pode deixar de considerar as contradições e paradoxos suscitados pela dualidade tempo-trabalho.

Em especial, a não existência de trabalho que atenda a demanda da procura predispõe em abundância de tempo disponível para algumas pessoas, quais sejam, aquelas com algum tipo de deficiência, aquelas que não conseguem se colocar ou recolocar no mercado de trabalho por falta de escolarização e, ainda qualificação ou pela inexistência de postos de trabalho para todos. Pessoas que cumprem pena de detenção, crianças e jovens muito pobres, a grande massa de aposentados/as, entre outros. Para estas pessoas e grupos, a abundância de tempo disponível - o que, para a maioria, representa não trabalho - coloca também a impossibilidade do usufruto pleno do lazer uma vez que sem trabalho não há renda e sem renda reduzem-se as possibilidades de acesso e usufruto a práticas de lazer não alienadas e alienantes. È aqui que ganha importância à mídia televisiva de caráter comercial como espaço privilegiado de lazer. Cada vez mais a população assiste TV.

A definição do tempo de trabalho e do tempo de não-trabalho como critério que define as possibilidades de usufruto do lazer se esvaziam na chamada crise do trabalho e nas conseqüentes transformações no mundo da produção. Qual é afinal o tempo para o lazer, é a questão central, em um contexto marcado pela dualidade tempo-trabalho. Se considerarmos que, no sistema produtivo capitalista, o trabalho - por seu caráter alienado - permite tão somente a satisfação de certas necessidades básicas do ser humano como aquelas ligadas à manutenção e reprodução da vida material como alimentação, moradia, vestuário. Pode-se concluir que o tempo de trabalho é o tempo destinado a conseguir as condições para a satisfação de tais necessidades.

No sistema produtivo capitalista aponta-se para o entendimento do tempo das necessidades como conceito mais abrangente que o termo tempo de trabalho. Dessa maneira busca-se incorporar ao tempo das necessidades todas as formas através dos quais o homem garante a manutenção de sua vida material e física. Tempo das necessidades é, então, aquele tempo que não possibilita o exercício e usufruto do lazer; é o tempo oposto ao lazer. Como conseqüência direta, o lazer é deslocado do tempo das necessidades ocorrendo em um tempo de não-necessidade, acarretando a compreensão de que ele (lazer) não se apresenta como necessidade para a manutenção e, mais além, desenvolvimento, da vida humana.

Aceitar a idéia que o lazer se apresenta como necessidade básica do ser humano é condição sine qua non para o estudo e a intervenção desta temática em qualquer que seja o tempo e sua destinação. É evidente, além de comprovado pelas investigações científicas, que para a consolidação da existência humana faz-se mister a dimensão lúdica que é marca característica do lazer. O ser humano não mantém sua existência tão somente pela presença de condições materiais objetivas - alimentação, vestimenta, moradia -, embora tais condições sejam ponto de partida para a consolidação da sociabilidade humana.

O ser humano não se mantém vivo, atuante, sujeito da própria história unicamente pela manutenção da vida física e material, mas incorpora a tal aspecto, de forma indissociável, a dimensão impar da vida subjetiva, a qual surge e se desenvolve a partir dos dados e exigências da matéria, mas o faz ativamente, modificando a própria matéria sobre a qual incide.

Neste sentido, entender o lazer como uma necessidade menor ou supérflua é reforçar a dualidade clássica entre vida material e vida subjetiva, pois, ao não incluir as condições subjetivas - proporcionadas, entre outros, pelo lazer - como condições essenciais para a manutenção da existência humana, se estabelece uma separação de mundos que não são opostos, mas complementares. Como se fosse possível a existência do ser humano e da sociedade humana apenas e tão somente pela existência de condições materiais! Há, nesta perspectiva, uma preocupação com a manutenção da vida biológica, mas não a manutenção da vida especificamente humana, portanto, vida em sociedade e repleta de interações.

Pensar a questão das necessidades subjetivas de sonho, de lúdico, de criação e de imaginação não é tarefa fácil no contexto de uma sociedade como a nossa onde ter é muito mais importante, e tem um significado maior, do que o verbo ser. No entanto, é o desafio que urge em ser superado. O critério da prática a partir da reflexão sobre a prática e reformulação de valores e atitudes que a envolve, pode apresentar uma diretriz coerente na qual almejamos. É preciso observar em volta e perceber o mundo humano de maneira totalizante. Sendo o ser humano uma totalidade indivisível7, separar seu mundo em dois é o equivalente a reforçar os argumentos que legitimam a dominação e exploração de uns sobre outros. Voltando nossos olhares para as atividades humanas, encontramos a arte, que nesse caso, tem algo a dizer, "[...] a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte, diversão, balé8".

O lazer, sob o nosso ponto de vista, é construção moderna, decorrente dos arranjos do modo de produção capitalista, porém, dada sua concreticidade, devemos lutar pelo direito a seu usufruto por todas as pessoas, considerando-o como necessidade tão básica quanto comida, casa e vestimenta. Por tais motivações, afirmamos que o termo tempo das necessidades não pode contemplar a abrangência pretendida, apesar das transformações no mundo do trabalho. Estas transformações têm o significado do aprofundamento das desigualdades entre dirigidos e dirigentes, vale dizer, entre os que realizam o trabalho intelectual e aqueles que executam o trabalho corporal, razão pelas quais devemos ampliar nossas compreensões a parâmetros não convencionais.

É importante salientar que o estudo antropológico tem sido utilizado como disciplina de apoio em várias áreas de conhecimento. A percepção do homem como totalidade indivisível, no entanto, relativo de forma quase absoluta a espaços e tempos específicos e o conhecimento detalhado sobre como distintas culturas interpretam o tempo e nele projetam sua existência, são áreas de pesquisa que tem elucidado a formulação de abordagens interdisciplinares significativas sobre a temática em discussão.

No frenético ritmo de vida capitalista, a formulação de idéias sobre a realidade histórica não dissocia tempo de trabalho, pois, é em função da força de trabalho vendida por uma determinada jornada de tempo que o capitalismo neoliberal se apropria do tempo do assalariado, recortando toda a vida do trabalhador, fazendo com que ele elimine outras possibilidades de criação. Assim, coloca-se cada vez mais longe o assalariado do que se produz, o capitalismo acumula riquezas, produz desigualdades e direciona a vida do trabalhador, a partir do tempo fixo e obrigatório, que estabelece as demais esferas de sua existência.

A antropologia apresenta o relógio como representação simbólica da existência fragmentada do ser humano e vem denunciando, historicamente, a mentalidade capitalista que transforma tempo em mercadoria e limita a este parâmetro as considerações do pensamento comum, negando o sentido envolvente e mágico do tempo que não possibilita ser quantificado, em destaque o tempo Dionisíaco.


Trabalho, consumo e lazer

Importante atentarmos para a posição que ocupa o trabalho para o homem contemporâneo a partir dos diferentes contextos históricos. Fazendo uma retrospectiva histórica rápida percebemos que a Grécia Antiga valorizava o ócio para seus cidadãos, o qual somente era possível pela exploração do trabalho escravo. Em um determinado momento, quem sabe por oposição aos ideais Greco-romanos de ócio, o cristianismo intentou recuperar o valor do trabalho, sem colocá-lo como valor maior da existência. Segundo especialistas, mesmo a literatura bíblica apresenta o trabalho como maldição, porém, contraditoriamente a expressão o trabalho dignifica o homem é de origem cristã e foi exacerbada pelo protestantismo. Cristãos, Calvinos e Puritanos acreditaram que a riqueza material seria demonstração de saúde espiritual, e a pobreza, conseqüentemente, doenças e males do espírito, Oliveira (1997).

Observamos que paralelo às transformações nos dogmas religiosos, o sistema urbano-industrial trouxe às práticas trabalhistas da civilização ocidental um novo sentido. O conceito de trabalho medieval que relacionava o tempo a um caráter sagrado é alterado para um sentido profano a partir da Modernidade. Tempo é dinheiro - time is money - é a expressão máxima do sistema produtivo capitalista. A industrialização crescente, os aspectos da produção e da mais-valia, a mercadorização e coisificação do homem são características deste sistema econômico, gerando, progressivamente, uma sociedade que ressalta como representação maior da vida o trabalho, e inibe o lúdico como direito à felicidade, sustentando um discurso de atrelamento entre a felicidade almejada e o aumento de produção.

A diminuição da jornada de trabalho é uma luta histórica que esbarra no preconceito e na mitificação em torno da trilogia tempo/trabalho/lazer. No Brasil, apenas na segunda metade da década de 1920 é que se passa a haver alguma regulamentação sobre férias. Os trabalhadores obtiveram, em alguns períodos, estas conquistas, atendendo, porém, sempre aos interesses da acumulação capitalista. A carta Del Lavoro, elaborada pelo governo fascista de Mussolini serve, no Brasil, para a elaboração da legislação trabalhista no governo Vargas. Sob este aspecto o lazer também é normatizado bem como as práticas desportivas. Tal fato impediria que o aumento do número de horas disponíveis inclusive para o lazer oportunizasse o crescimento do mal estar causado pela injustiça social, colocando em questão o direito à preguiça, que comprovadamente, contribui para o equilíbrio individual e coletivo e é negado à maioria.

O pensamento que está historicamente no poder - mesmo atualmente na sociedade pós-industrial, sociedade do conhecimento - entende que disponibilizar horas para o lazer desestabiliza os valores de felicidade e harmonia difundidos pela ideologia capitalista. Diga-se de passagem, existe uma parcela significativa de governantes que entende lazer e consumo como sinônimos. Assim afirma Oliveira (1997: 968) "a desautomatização humana só terá início de fato quando for permitido que o homem expresse sua ludicidade nos diferentes momentos da materialização de sua existência, sem esmagamento sistemático do ludens pela supervalorização imatura do faber."

O lazer é, portanto, aqui entendido como resultado do tipo de organização sócio-econômica urbano-industrial e, simultaneamente, atua sobre tal organização como implementador de novos valores, pensamentos, práticas que contestam esta mesma lógica organizacional. Para que isto aconteça é necessário à construção de consciências críticas bem como de políticas públicas que venham atender as necessidades concretas dos sujeitos na sociedade que queremos.

A educação para o lazer em seu sentido amplo, que ocorre na família, na rua, na igreja, no sindicato, nos clubes, nas associações, parques, praças entre outros espaços, e em seu sentido restrito, na escola é importante referência quando pensamos na construção e consolidação de consciências críticas, criativas e questionadoras. Devendo ser compromisso de todos aqueles que se empenham na transformação social a assunção plena dos desafios colocados na perspectiva de contribuir para esta transformação onde a inclusão sócio-cultural de grupos excluídos a exemplo pessoas com deficiência entre outros grupos já mencionados neste artigo, seja objetivo maior a ser alcançado.